Um estudo da Universidade Federal de Rondônia (Unir), divulgado pelo campus de Ariquemes, revelou um grave problema de saúde pública: a contaminação de poços utilizados pela população local. Todas as 12 amostras analisadas apresentaram coliformes totais, e 10 delas também continham a bactéria Escherichia coli, tornando a água imprópria para consumo.
Apesar do cenário preocupante, o levantamento traz uma boa notícia: a água fornecida pela rede pública, sob responsabilidade da concessionária Águas de Ariquemes, atende integralmente aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde. As amostras coletadas no sistema público não apresentaram qualquer tipo de contaminação, comprovando a segurança da água distribuída à população.
O estudo também destaca que a contaminação dos poços está relacionada ao uso de fossas sépticas como destino final do esgoto doméstico, prática comum na região. Segundo Ary Carlos Laydner, diretor-presidente da Águas de Ariquemes, essa realidade representa um risco à saúde pública, pois expõe a população a doenças transmitidas pela água.
“O saneamento ainda é um tema novo em muitas cidades. A cultura do uso de poços em Ariquemes e na região amazônica é preocupante. O estudo da Unir, somado a dados do Instituto Trata Brasil, que apontam mais de 4 mil internações em Rondônia em 2019 por consumo de água contaminada, reforça essa preocupação”, afirmou Laydner.
Ele acrescenta que os dados da pesquisa confirmam os resultados já divulgados pela concessionária. “Nos últimos 15 meses, realizamos mais de 36 mil análises que atestam a qualidade da água fornecida. O estudo da Unir apenas reforça o que já sabíamos: a água de Ariquemes é potável, segura e própria para o consumo.”
Sobre casos pontuais de turbidez, o estudo esclarece que não há relação com contaminação microbiológica. A turbidez ocorre após reparos na rede de distribuição, quando partículas naturais da água se desprendem das tubulações devido à pressão.
“Esses dados reforçam o compromisso da Águas de Ariquemes com a saúde e o bem-estar da população. Ao mesmo tempo, o estudo serve de alerta sobre os riscos do uso de poços não tratados e a importância de ampliar o acesso à água potável”, concluiu o diretor-presidente.