Nenhum dos três teve lá tanto sucesso na Seleção desde 2006, é verdade. Houve até alguns lampejos, como as conquistas de duas Copas das Confederações e um promissor início de reformulação com Mano, mas é inegável que, hoje, Tite chega à Seleção com uma enorme responsabilidade nas costas: a de extrair o máximo de uma geração que, se não se faz brilhante, também não é tão ruim quanto teimam em pintar.
As consecutivas eliminações para Paraguai e Peru, definitivamente, não condizem com o potencial de uma Seleção que, à sua disposição, conta com jogadores do calibre de Diego Alves, Thiago Silva, Marcelo, Casemiro, Philippe Coutinho, Willian, Douglas Costa e Neymar.
O desafio de Tite será transformar excelentes valores individuais em uma equipe coletivamente forte. Em tempos de pouco espaço, muita cooperação e, principalmente, sobreposição das questões táticas às técnicas, é urgente que se pense mais o futebol como ciência - e não religião.
Tite vai encarar o maior desafio de sua carreira, isto é inegável. E a escola gaúcha, responsável por formar o último técnico campeão mundial com a Seleção, será testada novamente – desta vez, porém, com o sujeito que, ao lado de Cuca, Mano Menezes e Roger Machado, mais tem ajudado a derrubar o estereótipo dos técnicos nascidos no Rio Grande do Sul. Nada de retranca e estilo "militar". Com Tite, a nova Seleção Brasileira promete apresentar evoluções táticas e conceitos modernos. É isto, pelo menos, o que se espera.