Conforme o delegado Flori Cordeiro, será a segunda fase da operação e tem como objetivo acabar com a atividade ilegal de extração de diamantes e madeira dentro da reserva.
O delegado afirma que a ocupação foi autorizada através de um acordo de delação premiada firmado entre as lideranças indígenas presas na Operação Crátons, que se comprometeram através de documento assinado que irão permitir acesso livre da PF dentro da reserva.
"Nós iremos entrar com toda estrutura necessária para destruir todo o maquinário e acampamentos que estejam dentro da reserva. Não queremos que haja conflito, porém qualquer pessoa que for encontrada lá dentro será presa em flagrante", avisa Flori.
O delegado diz ainda que após a ocupação, a polícia irá montar uma base no interior da reserva, que ficará montada por prazo indeterminado para impedir a extração ilegal de diamantes e madeira.
"Já temos quatro bases montadas lá dentro, mas não é o suficiente, pois a reserva é imensa e novos acessos foram criados. A partir de segunda-feira o combate da exploração ilegal será feita de dentro para fora, a polícia passará a andar livremente dentro da reserva", conta o delegado.
Operação Crátons
Pelo menos 11 pessoas foram presas pela PF em seis cidades de Rondônia através da Operação Crátons. Segundo investigações, o grupo é suspeito de estar envolvido na extração ilegal de diamantes das terras dos índios cinta-largas. As prisões foram realizadas em Ariquemes (RO), Cacoal (RO), Espigão D'Oeste (RO), Ouro Preto do Oeste (RO) e Machadinho D'Oeste (RO).
Além Rondônia, a operação foi realizada no Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pará.
Segundo a polícia, 220 agentes cumpriram 90 mandados: 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada), e 3 intimações para oitivas.