Com o início do verão amazônico, os primeiros sinais de fumaça já começam a surgir em Porto Velho. Os focos de calor aumentaram, segundo dados Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que faz o monitoramento quase em tempo real através de satélites. Até o início da manhã desta segunda-feira (27), Rondônia já registrava 112 focos de calor em todo o estado. No mês de maio, foram registrados apenas 44 focos. A capital, Porto Velho, lidera as ocorrências.
Hélio Moreira, coordenador substituto do Prevfogo no estado, explica que nem sempre os focos de calor representam um incêndio. No entanto, ele lembra que o órgão vem se preparando para o combate às queimadas este ano, que deve ser mais intenso. “Na semana passada, nós atendemos uma ocorrência na margem esquerda no Rio Madeira. Mas, acreditamos que o período mais crítico será a partir de 15 de julho, quando as chuvas cessam de vez, e se entendendo até setembro. No ano passado, o período de chuva foi um pouco maior, mas os órgãos de monitoramento estão esperando mais queimadas este ano”, acredita Moreira.
No comparativos com anos anteriores, os focos de calor neste ano já elevaram. Em junho do ano passado, o mês inteiro registrou 119 focos. Já maio foram apenas 13. Abril houve 15. Neste ano, maio fechou com 44 focos, enquanto abril teve 59 registros. No boletim de monitoramento de fogos de calor na Amazônia, gerado pelo Ibama nesta segunda-feira, Machadinho D’Oeste é a cidade com mais focos de calor, seguida de Porto Velho.
O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) combate o incêndio em áreas florestais. Em Rondônia existem unidades no Assentamento Joana D’Arc, em Machadinho D’Oeste, em Porto Velho e no distritio da capital, Jacy-Paraná. “No final deste mês recebemos de cada unidade o Relatório de Ocorrência de Incêndio (ROI). Só ai, vamos ter uma noção de como realmente estão os índices de queimadas nestas regiões. O que percebemos já é uma atuação de focos de calor, mas os chamados para o combate ainda estão tímidos”, diz o coordenador substituto.
Ainda segundo o coordenador, a equipe do Prevfogo não tem poder de punição para quem for identificado como autor de incêndios. No entanto, o ROI é encaminhado ao setor de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que fará os procedimentos necessários para punir.
Na capital, o Prevfogo tem 26 brigadistas, um caminhão rodofogo e mais outros veículos e equipamentos utilizados para o combate às queimadas. Nas outras localidades, a equipe é composta por 13 profissionais, cada. “No entanto, apesar de não haver equipe no estado todo, já aconteceu de combatermos incêndio em Vilhena, por exemplo”, ressalta Moreira.
Para solicitar o socorro do Prevfogo em caso de incêndios florestais, pode ligar no (69) 3217-2730.