Foto: Gaia Quiquiô/G1 RO/Reprodução
Na última sexta-feira (9) o deputado Jesuíno Boabaid (PMN) esteve no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, verificando denúncia feita por militares do Corpo de Bombeiros que trabalham no local.
Na denúncia, feita na Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia (Assfapom), é relatada as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos servidores, bem como a falta de informações por parte de seus superiores.
No hangar onde os bombeiros estão trabalhando, o parlamentar verificou o local onde um motorista de um caminhão do Corpo de Bombeiros Militar colidiu com um dos pilares de sustentação. Com o choque, a estrutura ficou abalada e para evitar um acidente mais graves os servidores foram retirados do ambiente.
No entanto, no local onde estão alocados, as condições são precárias, tendo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) descumprido a resolução 279, de 2013, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que estabelece critérios regulatórios quanto à implantação, operação e manutenção do Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis (Sescinc).
Há documento do comandante da 2ª Seção Contra Incêndio (SCI), do dia 17 de agosto, proibindo a utilização do prédio da SCI destinando à ocupação provisória do refeitório do aeroporto para os bombeiros.
“O comandante colocou os subordinados em um local indigno e nunca deu qualquer explicação sobre o motivo para tomar a atitude e nem deu previsão de quanto tempo a situação iria perdurar”, relata o denunciante.
O local é pequeno, não tem fogão, geladeira e muito menos produtos de limpeza, o que contribui para o surgimento de insetos, tendo sido constatada a presença de baratas. Os equipamentos dos militares dividem espaço com colchões, mochilas e restos de comida.
Alguns bombeiros procuraram a Anac para registrar as reclamações, mas quando tentaram denunciar as irregularidades foi exigido o CPF. Por receio de eventuais retaliações por parte da corporação, preferiram buscar outros meios para resolver o problema. Sendo assim, procuraram a Assfapom, para que a associação tomasse uma medida sobre a situação.
Durante reunião com alguns militares e o deputado Jesuíno, o gerente da Infraero em Porto Velho, Marco Crespo, afirmou que em um prazo de 90 dias sanará todos os problemas enfrentados pelos trabalhadores, bem como reativará a cozinha da antiga instalação. Declarou, ainda, que entrará em contato com o 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) para ver a possibilidade de manter a sustentação do pilar danificado.