O empresário Donald Trump será o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Ele alcançou os 276 votos de delegados do colégio eleitoral na madrugada de hoje (9), depois de uma acirrada disputa com a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Trump assegurou maioria em estados decisivos como a Flórida, Carolina do Norte, Ohi e a Pensilvânia. Ele assumirá o cargo em 20 de janeiro.
Donald Trump declarou na manhã de hoje (9), em seu primeiro discurso como presidente eleito, que Hillary Clinton telefonou para ele para cumprimentá-lo, admitindo a derrota.
A vitória de Trump encerra uma das campanhas mais polarizadas da história recente dos Estados Unidos. A campanha foi marcada por acusações mútuas, envolvendo a vida pessoal dos candidatos e atingiu o auge quando um vídeos, de 2005, mostrava o candidato do Partido Republicano usando palavras desrespeitosas para se referir às mulheres. O resultado eleitoral surpreende porque contraria as últimas pesquisas que mostraram Hillary Clinton com ligeira folga na liderança da corrida eleitoral.
Rondônia
Em 29 de julho de 2015 a então ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB), anunciou que os Estados Unidos liberaram a importação de carne in natura de 13 unidades da Federação, entre elas Rondônia, encerrando uma restrição praticada há 15 anos. A medida favorece 95% da agroindústria exportadora brasileira. Agora caberá aos estados brasileiros e ao DF se habilitarem a ingressar nesse importante mercado.
Rondônia com status de livre de febre aftosa com vacinação, é um dos estados brasileiros liberados para exportação de carne ao Estados Unidos (EUA). O estado tem uma pecuária forte, detentor do 8º maior rebanho do país, estimado em 12,750 milhões de cabeças bovinas, com uma taxa de desfrute anual maior que dois milhões de animais. Esse número de abate coloca o estado como o 6º maior do país e o maior da região norte, com mais de meio milhão de quilos de carne processado por ano sob inspeção federal.
Há 15 anos os EUA tinham restrição à carne bovina in natura do Brasil e o desfecho da negociação é uma sinalização importante para a abertura de novos mercados. Os Estados Unidos são reconhecidos pela severa restrição ao ingresso de produtos no seu mercado doméstico.
Com a vitória de Trump o acordo com o Brasil, e que beneficia o estado, pode está em risco. O republicano adotou durante toda a campanha um tom de protecionismo econômico, ou seja, o fortalecimento apenas do mercado americano em detrimento do resto do mundo, para segundo o próprio candidato, gerar mais empregos nos Estados Unidos do que em outro país ao redor do globo.
Os Estados Unidos é um dos principais países quando o assunto é acordo de comércio com o Brasil, em entrevista na manhã desta quarta-feira (09), o presidente Michel Temer declarou que "nada muda na relação com o país".
Em 2015, Trump citou o Brasil ao listar países que, segundo ele, tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais que ele considera injustas. A balança comercial entre os dois países, porém, é favorável aos EUA.
No twitter o Senador Acir Gurgacz (PDT) considerou que a vitória de Trump é boa para o Brasil.
#TrumpPresidente, um novo momento na política mundial. Acho bom para o Brasil.
— ACIR GURGACZ (@acirgurgacz) 9 November 2016
A população estadunidense também demonstra que está cansada de políticos profissionais. #TrumpPresident
— ACIR GURGACZ (@acirgurgacz) 9 November 2016
A renovação e alternância no poder são positivas para democracia. #TrumpPresident
— ACIR GURGACZ (@acirgurgacz) 9 November 2016