Após um clima festivo do dia de Natal, o ex-presidiário Diego de Oliveira Pena, 26, levou um golpe de faca profundo no pescoço, possivelmente desferido pela sua mulher L.A.K., 24, no interior da residência localizada no Bairro Jardim Aeroporto II. O crime aconteceu na madrugada deste sábado, em Ouro Preto do Oeste. L.A.K. é suspeita porque ligou pedindo socorro médico e fugiu em seguida.
Após ser esfaqueado Diego foi socorrido por um homem que o colocou em uma picape VW Saveiro Cross, tentando chegar ao Hospital Municipal, mas na altura da Avenida Gonçalves Dias, perdeu o controle da picape atravessou o canteiro e a pista contrária, vindo a colidir do outro lado contra a parede de um imóvel comercial na Rua Caetés. “Eu estava sentada no banco de casa e vi tudo: ele desceu do carro com os braços abertos gritando socorro! O colega dele desceu e correu”, contou dona Rosa Pereira Rocha, que presenciou o acidente.
Ele ainda foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu a caminho do Hospital. A mulher dele fugiu. Na casa de Diego Oliveira, os policiais militares sargento Jairo e soldados Reinaldo e Gomes com os peritos da Polícia Civil encontraram restos de cocaína caída no chão, e porção de maconha no sofá da sala. Os policiais tiveram que pular o muro, e ficavam surpresos ao descobrirem que a movimentação na rua era observada em uma TV da sala, por meio de uma minúscula câmera de monitoramento instalada no poste de energia.
Os peritos Richers Hatzinakis e Vinicius Sperb realizaram o trabalho de praxe dentro da residência e registraram a presença de drogas em vários locais. Havia sangue por todo lado, em razão da forte estocada que a vítima levou no pescoço. “Pelo tamanho do corte, (o golpe) foi com uma faca pequena”, observou o perito Richers. A faca não foi localizada na cena do crime.
Crime em 2008
Diego de Oliveira Pena ficou conhecido em 2011, quando foi elucidado em Ouro Preto do Oeste o crime de assassinato de uma adolescente de 14 anos que em 2008 foi cruelmente morta a facadas, e teve o corpo jogado na BR-364, na curva da estação da Ceplac.
Diego, juntamente com outra garota menor de idade, revelou toda a trama que envolveu a morte da garota, e delataram a participação de policiais militares, que acabaram presos. Diego confessou à época que apenas dirigiu o veículo usado para levar o corpo da adolescente até o trecho da BR, e revelou que foram os dois PMs estupraram que mataram a garota. Ele foi sentenciado pelo juiz criminal Haruo Mizusaki a pena de reclusão para ser cumprida até 26 de setembro de 2018. Mas em razão da progressão de pena foi para o semiaberto em 2 de dezembro de 2012, para o aberto em 4 de agosto de 2014 e ganhou o livramento condicional no dia 16 de novembro do ano passado.