A última reunião da equipe do governo de Rondônia, que aconteceu nesta quarta-feira (23), foi marcada por recomendações de que o controle de gastos deve ser acentuado para que as contas públicas cheguem equilibradas ao final do exercício. Do secretário de finanças Vagner Garcia de Freitas veio o recado mais claro: assim como ocorre nos demais estados, cortar gastos é dever de casa, mas as demandas da população devem ser atendidas.
A situação crítica dos estados no final do ano, com problemas para quitar folha salarial e dúvidas sobre o pagamento do 13º salário, serviu como argumento para Vagner Freitas sustentar que o momento é de economia para escapar do desastre que ocorre nas finanças das unidades federativas.
Os compromissos que os governadores de todo o país firmaram em Brasília, na terça-feira (22), segundo o governador Confúcio Moura, têm que ser formalizados imediatamente para começar a surtir os efeitos esperados.
A previsão, conforme ele, é que se tudo acontecer como está previsto, o PIB nacional deve crescer positivamente 1% em 2017.
Confúcio disse aos secretários que os governadores pactuaram reformar a previdência estadual e fazer corte de gastos, entre outras medidas.
A distribuição do dinheiro oriundo da repatriação, disse Confúcio, chegará em boa hora. “É um dinheiro abençoado. Mas não contem com ele. Será todo utilizado no pagamento de contas”, avisou.
Apesar do quadro preocupante da economia nacional e os impactos nas contas do estado, o governador mostrou otimismo. “Adotando as providências certas, a retomada do crescimentos chegará em pouco tempo”, previu.
Para alcançar este resultado, entretanto, será exigido o sacrifício de todos entes governamentais do estado. “Uma contribuição patriótica”, exemplificou.
CORTES
O discurso do corte de gastos, austeridade, prestação regular de contas e, sobretudo, compromisso com a redução dos “restos a pagar”, que são as contas que ficam de um ano para quitação no exercício seguinte, foi defendido também pelo secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão, George Braga. Ele preferiu não falar de números, optando por fazer orientações aos secretários.
Na breve participação que fez, o controlador-geral do estado, Francisco Netto, recomendou aos secretários que adotem providências internas para controlar os gastos. Os órgãos fiscalizadores, agora, responsabilizam também os secretários, disse ele. O reflexo positivo virá na ampliação da transparência e, consequentemente, na evolução da competitividade.
Ao avaliar a situação do estado desde a primeira gestão do governador Confúcio Moura, o secretário-chefe da Casa Civil, Emerson Castro, apontou mudanças e acentuou que muitos obstáculos foram superados. As decisões, acrescentou, colocam o estado na busca pela nota máxima na transparência.
Castro lembrou que restam apenas dois anos para o final do último mandato do governador e externou que há obras significativas em andamento ou por serem iniciadas, tanto na capital como no interior. “Temos muito a fazer pelos municípios, principalmente pela capital, neste tempo”, arrematou.