A Polícia Federal, com apoio de auditores da Previdência Social, deflagrou na manhã desta segunda-feira (12) a Operação Imprevidência. Segundo as investigações, uma organização criminosa que atuava no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho (Ipam), aplicou ao menos R$ 80 milhões em investimentos fraudulentos como contrapartida pela injeção de valores na campanha de reeleição do prefeito da capital.
Estão sendo investigados os crimes de gestão fraudulenta e corrupção ativa no Ipam e também em outros cinco municípios de Rondônia. Cerca de 73 policiais federais cumpriram 30 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, 19 de busca e apreensão, sete de condução coercitiva. Os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de São Paulo e Rondônia. A Justiça Federal também determinou o afastamento do presidente do Ipam e a proibição de cinco investigados frequentarem o local.
Segundo a PF, a investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, corretores de investimentos, lobistas e servidores públicos atuou com o fim de viabilizar a realização de aplicação de R$ 80 milhões do Ipam em fundos de investimentos “podres” ou fraudulentos, como contrapartida pela injeção de valores na campanha de reeleição do prefeito de Porto Velho.
Para atingir seu objetivo a organização criminosa procurou pressionar e corromper servidores públicos, mediante o oferecimento de propina. A organização criminosa pretendia captar 250 milhões de reais junto aos institutos de previdência de municípios de Rondônia para investi-los em fundos “podres”.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção ativa.