24/01/2017
Como funcionava a fraude em vestibulares de medicina descoberto pela Polícia Civil no último domingo
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha vendia gabaritos por até R$ 100 mil garantindo assim o ingresso de candidatos no curso de medicina. Os membros da quadrilha foram indiciados por associação criminosa, fraude em certames e corrupção de menores.
No último domingo (22), uma quadrilha especializada em fraudar vestibulares para o curso de medicina para faculdades de vários Estados brasileiros foi presa em flagrante durante o vestibular da Faculdade Integradas Aparício carvalho (Fimca), em Porto Velho. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Ações Criminosas e Organizadas (Draco). De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha vendia gabaritos por até R$ 100 mil garantindo assim o ingresso de candidatos no curso de medicina. O candidato que comprasse o gabarito só pagava pelo serviço se passasse no vestibular.

Segundo o delegado Marcos Vinicius Alves e Silva Filho, a Draco recebeu informação de uma suposta fraude que ocorreria no vestibular de Medicina na Fimca. A própria direção da instituição denunciou o esquema, a partir de informações recebidas de pessoas que não concordaram com a prática. “Iniciamos a investigação de pronto e todas as medidas cautelares e meios extraordinários de investigação que poderiam ser disponibilizados e executados durante esse curto período que tínhamos até a execução da prova foram executados”, disse.

Aparício Carvalho, diretor-geral da Fimca disse que denunciou o esquema por entender que a ação criminosa prejudica os alunos bem como a instituição. “Isso permite o ingresso de alunos sem a capacidade necessária para fazer o curso de medicina”.

De acordo com o delegado, a Polícia Civil realizou monitoramento intenso por uma semana antes da aplicação da prova, identificando os integrantes da quadrilha que executariam a fraude. O líder do bando é Áureo Moura Ferreira, especialista em fraudar concursos. “Nós já tínhamos conhecimento da fraude que ele tinha aplicado em 2014 no estado de Minas Gerais, o que facilitou nosso trabalho de investigação, pois nós conhecíamos o modus operandi dele naqueles fatos. A partir desse momento nós monitoramos e identificamos alguns candidatos que fizeram parte do esquema e conseguimos, após a execução da prova, flagrar esses candidatos com um ponto eletrônico de transmissão de sinais. O próprio Áureo e o seus comparsas foram flagrados nos arredores da Fimca, portando uma maleta de transmissão de sinais. No hotel em que ele estava hospedado encontramos outros apetrechos que também são utilizados para cometer essa fraude”, detalhou o delegado.

Segundo a delegada Ingrid da Silva Brito Brandão foram identificados 15 candidatos que estavam no esquema. A informação inicial era 32, mas apenas 15 foram confirmados na lista de inscritos e destes 7 foram flagranteados, além de uma menor detida. Mesmo assim já há provas contra os demais. “Nossa ação foi completamente posterior ao preenchimento dos gabaritos. Não entramos nas salas de aula, recolhendo os candidatos identificados. Eles, no momento da saída, foram abordados e passaram por um procedimento de revista com nossos profissionais”.

Das pessoas presas, três haviam pago a fiança de 10 salários mínimos, até a manhã de ontem. “A informação que tivemos é que o valor cobrado pela associação criminosa era de R$ 90 mil. Era um contrato de risco, no entanto. A pessoa só pagaria se passasse no vestibular”, disse a delegada.

Fimca

Aparício Carvalho destacou o trabalho da Polícia Civil. “A partir do momento em que nós encaminhamos o documento pedindo apoio da inteligência da Polícia Civil, fomos prontamente atendidos. Fizemos, juntamente com eles, algumas diligências importantes em conjunto para desbaratar essa quadrilha que atua em todo o País. Não foi só a Fimca que sofreu graves prejuízos com esse processo, outras instituições também foram fraudadas e seria muito bom continuar com essa investigação para colocar todos esses bandidos na cadeia. Bandidos que sabemos que entraram na instituição e que podem ser futuros médicos, futuros profissionais, porque também não é só a faculdade de Medicina que eles fraudam, mas vários concursos públicos. Então acho essa investigação muito importante”, afirmou.

De acordo com Aparício, as investigações ainda não encerraram. “Se houver comprovação de que o esquema foi utilizado no passado, os envolvidos que estudam lá serão expulsos. Não podemos admitir”, disse.

O diretor explicou também que uma das pessoas presas é professora da instituição do curso de Fisioterapia e que ela também pagou aos bandidos para passar em Medicina. “A prova não vazou, o que houve foi essa situação aí.”

Os membros da quadrilha foram indiciados por associação criminosa, fraude em certames e corrupção de menores.





 

Fonte: Diário da Amazônia
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