Prefeito discute Parceria Público Privada para implantar Zona Azul em Porto Velho
Por se tratar de uma ideia que começa a ganhar seus primeiros contornos, ainda não se sabe o valor que será cobrado. Cidades de grande porte que já tem o sistema implantado cobram entre 2,50, caso de Goiânia até R$ 5, como é o caso da cidade de São Paulo.
Seguindo uma tendência de cidades com mais de 100 mil habitantes, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), deu início a conversas com dirigentes empresariais para cobrar por vagas de estacionamento na região central da cidade. De um lado o prefeito quer aumentar a arrecadação do município, enquanto que os comerciantes não querem carros parados o dia todo em frente aos seus estabelecimentos sem rotatividade. Para discutir sobre isso, o prefeito recebeu dirigentes da Associação Comercial e Empresarial (Acep) na manhã de sexta-feira (10).
O modelo debatido pelo prefeito e pelos dirigentes empresariais para a implantação do serviço é o de Parceria Público Privada (PPP), no formato do que está sendo feito em diversas cidades brasileiras que enfrentam problemas de vagas de estacionamento em suas regiões centrais. O presidente da Acep, Augusto Pellucio, disse que Porto Velho já tem lei aprovada nesse sentido e que falta apenas sua regulamentação por meio de decreto.
Por se tratar de uma ideia que começa a ganhar seus primeiros contornos, ainda não se sabe o valor que será cobrado, mas em cidades como Goiânia, são cobrados R$ 2,50 por duas horas de estacionamento na área central. Em São Paulo, o valor chega a R$ 5 por apenas uma hora. No Rio de Janeiro custa R$ 2, mas o tempo varia de acordo com o local do estacionamento e em Belo Horizonte, custa R$ 3,80.
O prefeito falou também sobre a operação de desobstrução de calçadas que teve início pela zona Sul com a retirada de vendedores ambulantes das calçadas e nos próximos dias deve chegar à avenida Sete de Setembro. A ideia do prefeito é discutir com os ambulantes a construção de um shopping popular nas imediações do antigo terminal Euclides da Cunha para acomodá-los.
Os empresários elogiaram a iniciativa e disseram que isso é uma antiga reivindicação dos lojistas instalados nos principais corredores comerciais no centro, zonas Sul e Leste. Dr Hildon pediu ainda o apoio da classe empresarial para aumentar a arrecadação do município e surpreendeu-os ao informar que o desaparelhamento da receita municipal é tal que Ji-Paraná, por exemplo, com cerca de 150 mil habitantes tem arrecadação do IPTU maior que a de Porto Velho, com cerca de meio milhão de habitantes.
PARCERIAS
O prefeito aproveitou para pedir também a parceria para dois outros projetos. Um para a iluminação natalina e outro para a recuperação da fachada original de todas as casas antigas na região mais central da avenida Sete de Setembro. Outro assunto que deixou os dirigentes empresariais empolgados foi a informação sobre a criação da Agência de Desenvolvimento Econômico, com o respectivo Conselho de Desenvolvimento Econômico, composto inclusive por entidades classistas empresariais, que irá assessorar a nova pasta. Participaram da reunião ainda o diretor comercial da Acep, Cézar Zoghbi e o membro Jarbas Souza.