A batalha pelo quinquênio: comissão formada por vereadores e lideranças sindicais vai discutir a possibilidade de manutenção do beneficio
A comissão foi anunciada nesta segunda-feira (13), depois que centenas de servidores públicos se reuniram, dentro e fora da Câmara Municipal, para protestar contra o fim do quinquênio para a categoria.
Uma comissão, formada por vereadores e lideranças sindicais, vai discutir com a prefeitura de Porto Velho a possibilidade de manutenção dos quinquênios aos trabalhadores do município. A comissão foi anunciada nesta segunda-feira (13), depois que centenas de servidores públicos se reuniram, dentro e fora da Câmara Municipal, para protestar contra o fim do quinquênio para a categoria.
Segundo o presidente da Casa de Leis, Maurício Carvalho (PSDB), a primeira reunião dessa comissão será com os secretários de finanças e de administração do município. "Vamos levantar dados para ver se há possibilidade de manter o benefício", explicou.
Tumulto
A sessão da tarde desta segunda-feira (13), no plenário da câmara municipal de Porto Velho recebeu um grande número de pessoas, servidores públicos, que acompanham o discurso dos vereadores sobre a extinção do quinquênio, benefício que foi tirado de mais de 13 mil funcionários públicos.
Cancelamento
A vereadora Ada Dantas Boabaid (PMN) que esteve ausente da sessão em que a matéria foi aprovada, lidera o movimento entre os vereadores para o cancelamento da sessão em que o Projeto de Lei foi aprovado.
Segundo ela, a assinatura de 14 vereadores é o suficiente para anular a sessão. Assinaram o documento as vereadoras Elis Regina (PC do B), Cristiane Lopes (PTB), a própria Ada Dantas, e os vereadores Júnior Cavalcante (PHS), Da Silva (PSB) e Aleks Palitot (PTB).
Sindicato
De acordo com servidores municipais, a imagem do prefeito começa a se deteriorar logo no início do mandato, deixando cair uma máscara usada no período eleitoral, quando posava de “salvador da pátria”.
Os maiores sindicatos que representam os servidores municipais de Porto Velho, SINTERO, SINDEPROF, SIDIFISC e SIDERON, estão convocando todas as categorias para uma assembleia geral extraordinária a ser realizada nesta terça-feira, dia 14/02, às 09 horas, na Praça das Três Caixas d’Água, quando poderá ser aprovada uma greve geral no serviço público municipal.
Prefeito
Em uma transmissão pelas redes sociais, o prefeito Hildon Chaves se manifestou sobre o movimento dos trabalhadores, dizendo que os servidores estão sendo manipulados por "aqueles que querem causar confusão".
Hildon voltou a falar da crise econômica, classificando-a como a maior crise desde a grande depressão de 1929. Ele também repetiu o discurso de que o quinquênio é uma bomba relógio que, em três ou quatro anos, explodiria. "Essa medida visa preservar o salário dos trabalhadores e a capacidade de investimento da prefeitura", justificou.
Hildon repetiu que não há perda de direitos. "Quem tem direito vai receber e, em breve, o benefício deve virar vantagem pessoal". O prefeito anunciou ainda que vai implementar uma regra de transição para que não haja prejuízo a quem está prestes a receber o benefício.