Ano novo, novas esperanças, problemas antigos. O que esperar de um ano quando na verdade nós já temos direções, compilações, teorias e pressentimentos sobre o que realmente pode vir. Um provérbio chinês diz: “Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier”. E é assim que o ano que se inicia e se apresenta. Em todas as áreas que podemos observar os sinais e os movimentos sutis de seus principais personagens, temos uma visão meio embaçada dos próximos dias.
O pais vive uma recessão, economistas concordam através dos índices oficiais de que o PIB do país sofrerá uma retração de pelo menos 3,5%. O aumento do desemprego parece que sofrerá seu ápice nos próximos 365 dias, apesar do desafogo de fim de ano com as contratações temporárias.
Politicamente, vivemos o pior momento da história deste país. Desacretidados e confusos, os políticos escondem com a cara mais lavada do mundo o óbvio: Não sabem o que fazer. Definitivamente, poucas pessoas estão realmente preparadas para enfrentar o que vem pela frente. Poucos conseguem enxergar o que verdadeiramente acontece, poucos têm uma visão holística.
A crise, que parece ser institucional, atrapalha quem realmente sabe o que fazer: Os micro e pequenos empresários. Atrapalham quem realmente podem fazer a diferença: As grandes indústrias e empresas. Atrapalham quem mais pode vencer este cenário em curto prazo: Os produtores rurais e o agronegócio.
Neste cenário, de crise institucional, onde o legislativo mede forças com o poder executivo, tentando empurrar goela abaixo de todos uma troca no executivo e com o Supremo Tribunal interferindo no rito, fazem as pessoas irem para as ruas gritarem pela volta, acreditem, dos Militares.
Pra ser direto, o Estado precisar fazer o que tem que ser feito. Legislativo legisla e fiscaliza, o judiciário julga os conflitos e o Executivo administra a coisa pública. O país precisa crescer, há pessoas que precisam trabalhar, indústrias precisam de incentivos, a produção precisa ser escoada de um lugar ao outro. O produtor rural precisa de políticas sérias de financiamentos, estudantes precisam concluir seus cursos, pois a coisa funciona assim pra quem não sabe: Tudo isto é feito com dinheiro, que vem dos impostos, que são pagos pelas empresas que vendem e pagam os salários dos trabalhadores que por sua vez recebem seus salários e voltam a comprar mais mercadorias ou adquirir mais serviços que as industrias e empresas produzem e disponibilizam.
Porém estão todos parados, de férias, quando voltarem, só falaremos de impeachment, de escandalos e corrupção e de Big Brother Brasil. E o País continuando parado ( e temos que falar sim, cobrar e gritar).
Independentemente de quem vai assumir, de quem vai ficar, o país precisa continuar a existir, o brasileiro precisa continuar a ter esperança. O que esperar deste novo ano? Esperar o melhor, prepararmos para o pior e aceitar o que vier.
Francisco das Chagas L. da Silva é Contabilista,
empresário contábil, acadêmico do curso de
Direito pela Faculdade FARO e desenvolve
trabalho de Assessoria contábil em Sindicatos e
Associações privadas.