Em mais um embate MP e prefeito de ariquemes vivem guerra de informações
No início do mês de janeiro, oito dos treze vereadores de Ariquemes, RO, protocolaram um ofício para solicitar a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação, que seriam distribuídos neste ano, a fim de evitar a discussão sobre ideologia de gênero.
No início do mês de janeiro, oito dos treze vereadores de Ariquemes, RO, protocolaram um ofício para solicitar a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) que seriam distribuídos neste ano, a fim de evitar a discussão sobre ideologia de gênero nas escolas do município.
Em agosto de 2016, os livros com o conteúdo foram entregues às escolas, mas foram retirados dos alunos pelo município.
O prefeito de Ariquemes, Thiago Flores (PMDB), realizou uma reunião com 12 vereadores para debater sobre o assunto. Na ocasião eles decidiram retirar os trechos com ideologia de gênero e diversidade familiar dos livros.
Segundo o prefeito Thiago Flores, os livros são entregues pelo Ministério da Educação (MEC) a cada três anos e, após as páginas com ideologia de gênero serem suprimidas, o material seria distribuído aos alunos neste mês.
Agora essa história acaba de ganhar mais um capítulo. Em matéria intitulada "Prefeito de Ariquemes cumpre voluntariamente pedido liminar do Ministério Público e determina às escolas municipais a distribuição de livros didáticos censurados" onde o MP/RO alega que em os diretores - de escolas do municipio - trouxeram à tona, que Thiago Flores esclareceu que os livros se encontram disponíveis nas bibliotecas de cada Escola e orientou que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com a necessidade e a proposta pedagógica de cada turma. Assim, repassou a responsabilidade da decisão de distribuição e da forma de distribuição aos gestores escolares.
Perante o Ministério Público, os diretores reiteraram que o material didático não possui conteúdo de “ideologia de gênero”, mas de diversidade familiar e que a discussão desse tema em sala de aula é necessária e importante, uma vez que bullying, homofobia e a presença de alunos oriundos de famílias diversas é uma realidade nas escolas, mesmo nas séries iniciais, como também obrigatória, já que a Lei Municipal que trata do Plano de Educação de Ariquemes, determina a promoção da Diversidade e tem como meta o respeito à diversidade.
Acontece que direto da capital federal (Brasília), o prefeito desmentiu a matéria oficial e que está no site do MP, segundo Thiago Flores "não há por parte da prefeitura nenhum comando dizendo para entregar os livros". Ainda no vídeo ele diz não entender o motivo de o Ministério Público ter pressa em divulgar o que classificou de "notas" a respeito do assunto.
Segundo Flores ele está sofrendo campanha de ódio pela decisão de não entregar os livros que contem trechos sobre ideologia de gênero.
Veja o vídeo:
Flores e os vereadores estão sofrendo um processo na justiça que ainda não tem data para ser julgado.