Rondônia é o terceiro estado a aderir ao Plano Agro+ lançado no estado ontem pelo ministro da Agricultura
O Plano Agro + foi lançado em 2016 pelo governo federal. Até agora, somente São Paulo e Rio Grande do Sul aderiram. Rondônia é o terceiro estado fazer parte do programa.
A visita do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, nessa terça-feira (13), tornou-se um acontecimento especial para empresários, agricultores e pecuaristas de Rondônia, com o lançamento do Plano Agro + Rondônia, que desburocratiza a tomada de decisões para potencializar a produção e tornar o setor mais competitivo no mercado. Anfitrião do evento em Porto Velho, o governador Confúcio Moura disse que o programa propõe a modernidade necessária para a produção de alimentos.
O Plano Agro + foi lançado em 2016 pelo governo federal. Até agora, somente São Paulo e Rio Grande do Sul aderiram. Rondônia é o terceiro estado fazer parte do programa.
O ambicioso plano pretende fazer com que o Brasil salte dos 7% para 10% do mercado global de alimentos, um negócio de U$ 30 bilhões. E o caminho para alcançar esta meta foi definido como muito simples pelo secretário executivo do Mapa, Eumar Novacki. “É acabar com a burocracia, que tem sua origem no excesso de desconfiança”, argumentou.
O Plano Agro + chega a Rondônia também com a garantia de que haverá mais facilidade ao crédito. Os 52 municípios rondonienses foram convidados a participar da iniciativa e contribuir com ações simplificadoras.
Na prática, já está em andamento o Agro + Rondônia através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), segundo o secretário Evandro Padovani, que elencou uma série de providências adotadas para o agronegócio fluir com mais facilidade, inclusive com atendimento direto ao produtor, liberação de recursos e uso da tecnologia para difundir as práticas simplificadoras.
Empresário com vários negócios em Rondônia, o ministro Blaggi disse que o Agro + é uma mudança de atitude que envolve também os funcionários do ministério, que devem atuar para prestar serviço cada vez melhor para atender ao produtor rural.
O ministro apontou vários casos em que medidas burocráticas emperravam a evolução da produção sem que houvesse justificativa. “Estas normas antigas acabam fazendo com que as pessoas tenham medo de tomar decisões”, acrescentou.
MERCADO EXTERNO
As regras facilitadoras podem levar ao equilíbrio entre importação e exportação, na avaliação do ministro. Atualmente, o comércio com a Comunidade Europeia, por exemplo, apresenta números preocupantes. O Brasil exporta 13 bilhões de euro e importa apenas 1,2 bilhão.
Blairo Maggi fez duras críticas à imagem que ambientalistas transmitem sobre o desmatamento no Brasil. Após afirmar que nenhum País tem a cobertura florestal igual, destacou que o governo federal faz sua parte. “Tudo o que plantamos está concentrado em apenas 8% do território. Nós respeitamos a natureza e esperamos reconhecimento pelo que fazemos”, arrematou.
Os prefeitos, conforme o governador Confúcio Moura, serão fundamentais para que o Agro+ Rondônia seja bem sucedido. Por isso recomendou que os gestores municipais observem as regras antigas, que não são eficazes. Confúcio também advertiu que a produção agrícola precisa crescer muito no País. “Se o Brasil parar de produzir não vai abalar ninguém”, afirmou, complementando que a forma lenta como os governos agem contribuem para transmitir a imagem da decadência. E apontou a má conservação das rodovias federais como exemplo. “Apesar disto, o produtor continua trabalhando. É muita força, muita coragem”, elogiou.
O tema rodovias também mereceu citação dos senadores Valdir Raupp e Ivo Cassol, além do deputado federal Nilton Capixaba. Eles pediram apoio do ministro Blaggi para duplicar a BR-364 a fim de reduzir o índice de acidentes.