Com a proximidade do período carnavalesco a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude (CMPPJ), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), iniciou o planejamento para o desfile do “Bloco da Prevenção”, projeto que tem como objetivo levar orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis aos foliões da cidade.
A atividade acontece pela segunda vez. No ano passado, uma equipe de 80 pessoas vestidas com o kit abadá como ferramenta de identificação atuou em cinco blocos, entre eles, a tradicional “Banda do Vai Quem Quer”. Foram distribuídos mais de 10 mil preservativos, acompanhados de material explicativo.
“Superou as nossas expectativas de abrangência e a nossa meta é aumentar a equipe para levar a informação às ruas com um único propósito, conter as doenças sexualmente transmissíveis”, disse Bruno Eduardo, coordenador municipal de Juventude. A pretensão é ampliar o Bloco da Prevenção para 200 integrantes.
A ação deve seguir os mesmos moldes do ano passado. Uma tenda será fixada próximo ao bloco de rua conforme a agenda do dia, para concentrar parte da equipe no ponto de apoio e os demais distribuídos entre os brincantes. "Os foliões recebem bem a proposta, eles mesmos costumam nos procurar", completou Bruno.
Dados da Semusa apontam que em 2015 foram registrados 220 novos casos de HIV em Porto Velho e mais de mil de hepatites virais. Os números são fruto de um trabalho de busca ativa desenvolvido pela secretaria na capital.
"Os jovens, principalmente, banalizaram a aids, que é uma doença que ainda não tem cura e que impõe regras a vida do portador. Atingir o brincante do carnaval é importante. No período festivo as pessoas se esquecem dos perigos e da proteção, então a iniciativa é válida", comentou Domingos Sávio, secretário municipal de Saúde, parceiro do Bloco da Prevenção, que dá continuidade as atividades com o pós carnaval, captando pessoas para a realização do teste rápido nas unidades de saúde.