Sanidade animal e boas práticas na produção e abate garantem exportação da carne de Rondônia para mais de 40 países
Em 1999, o rebanho bovino de Rondônia era de seis milhões e apresentou um salto de cinco milhões em apenas seis anos, o que representou um aumento de 79% no número de cabeças. Já a partir de 2005, o crescimento foi mais lento, chegando a 13,6 milhões de bovinos em 2016.
Foto: Dhiony Costa e Silva/Secom - Governo de Rondônia/Reprodução Desde que foi certificado internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação, em 2003, Rondônia vem conquistando mercados internacionais para a venda de carne bovina e derivados.
Com o sexto maior rebanho do país, o estado de Rondônia em 2016 bateu recorde no abate de bovinos, garantindo a quarta posição no ranking nacional. Foram abatidos 2.784.801 animais inspecionados pelo Mapa e Idaron. Esse número representa mais de 11% que em 2015, com 2.508.240.
“Com o certificado internacional, começamos a atrair compradores da nossa carne. A gente vem recebendo várias missões internacionais e de auditorias externas, que chancelaram e que deram credibilidade a todas as ações executadas pela Agência Idaron. Já recebemos a Indonésia, o Chile, os Estados Unidos, a União Européia, entre outros”, conta Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Animal da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Atualmente, o estado exporta para mais de 40 países, sendo Hong Kong, Rússia e Egito os principais importadores, correspondendo a mais de 70% de toda carne bovina rondoniense exportada.
A cadeia da carne no estado de Rondônia é responsável por mais da metade da pauta de exportações. No ano de 2016 foram exportadas mais de 133.854 toneladas de produtos da cadeia produtiva da carne. Esse volume representou 53,20% das exportações, gerando uma receita de mais U$$ 466.605 milhões.
“Nossos pecuaristas vêm intensificando a produtividade das propriedades com adoção de tecnologias de integração, manejos socioambientais e sanitários, garantindo ao mercado um animal com qualidade”, explica o secretário de Estado da Agricultura (Seagri) Evandro Padovani.
A partir da criação da Idaron, em 1999, a instituição buscou e tem obtido resultados relevantes quanto à sanidade do rebanho rondoniense, em consonância com as normas e diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e órgãos internacionais.
Fabiano Alexandre lembra que devido à participação do poder público, dos produtores rurais e setor privado, Rondônia conseguiu em apenas três anos o certificado nacional de área de livre de febre aftosa com vacinação, concedido pelo Mapa em 2002. “Desde então a Agência vem buscando aprimorar o seu sistema e a defesa agropecuária, avançando em outros programas, como a brucelose e tuberculose, na estruturação, na capacitação de servidores”.
Em 1999, o rebanho bovino de Rondônia era de seis milhões e apresentou um salto de cinco milhões em apenas seis anos, o que representou um aumento de 79% no número de cabeças. Já a partir de 2005, o crescimento foi mais lento, chegando a 13,6 milhões de bovinos em 2016.