Reformas. Essa é a palavra do momento em todo país, seja na faculdade, em casa, ou até mesmo barzinho. Na previdência, nas relações trabalhistas, na forma de contratação.
E foi esse o tema da palestra dos advogados Henrique Fonseca e Ana Caroline Santos que aconteceu na noite da última segunda-feira (10) na sede da Associação dos Fisioterapeutas de Rondônia (AFISIO-RO).
A palestra reuniu estudantes e profissionais de Fisioterapia com o tema "Terceirização, Reformas Trabalhista e da Previdência", que discutiu o impacto das reformas nos profissionais de fisioterapia que atuam no mercado ou mesmo aqueles que começaram a atuar na área futuramente.
Para o advogado Henrique Fonseca a iniciativa de promover o debate é de extrema importância.
“É de grande valia a iniciativa da AFISIO-RO em promover o debate acerca de temas tão importantes, sobretudo temas que afetaram indistintamente a todos os brasileiros”, declarou o advogado.
Para ele os impactos da reforma previdenciária serão relevantes.
“Os impactos da reforma da previdência, principalmente da reforma da previdência, serão duradouros e extremamente relevantes, pois rompera com toda logica de previdência tal como conhecemos hoje. Será uma transição de um sistema mais aberto, solidário e universal, para um sistema de dificílimo acesso aos benefícios.”, salientou.
O presidente da associação, Prof. Reinaldo dos Anjos, ao planejar a reunião em conjunto com a diretoria, relatou que objetivo era “Esclarecer a classe e abrir o debate sobre os impactos dessas propostas para o trabalhador fisioterapeuta”.
Estiveram na reunião acadêmicos de três instituições de ensino superior privadas da capital, que ofertam o curso de fisioterapia, assim como profissionais do serviço público e privado do Estado.
O presidente da AFISIO-RO, diante do contexto e da forma como as propostas de reforma estão sendo feitas, e dos impactos negativos que trarão para todos os trabalhadores brasileiros, em especial aos fisioterapeutas, se posiciona contra as mudanças trabalhistas e da previdência que estão em tramitação, assim como repudia a terceirização sancionadas pelo presidente.
"O desrespeito às diferenças de gênero, a inviabilidade prática de se conseguir a aposentadoria integral, e a opção de fazer o trabalhador brasileiro pagar a conta de um déficit falacioso são alguns pontos que não nos deixa outra opção senão ser totalmente contra a proposta de reforma. No caso da reforma trabalhista, a precarização das relações de trabalho que, no caso da fisioterapia, já são em geral desconectadas do que estabelece a CLT, é outra proposta inaceitável para a nossa classe.", declarou Reinaldo dos Anjos.
As reformas da previdência e trabalhista foram enviadas ao congresso pelo governo de Michel Temer (PMDB), no fim do ano passado. O presidente pretende aprovar ambas as reformas até o segundo semestre deste ano.
No fim do mês de março o presidente sancionou a lei da terceirização aprovada pelo Congresso Nacional. A lei permite a terceirização da atividade-fim de uma empresa, ou seja, a atividade para qual a empresa foi criada pode ser terceirizada. Antes da lei apenas atividades-meio poderiam ser terceirizadas, como limpeza e segurança.
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